Iniciativa faz parte da programação do mês da mulher, elaborada pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos
A temática do combate à violência contra a mulher continua sendo discutida em diversos equipamentos públicos de Barra Mansa. Equipes do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), órgão vinculado à Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, ministraram na tarde desta sexta-feira, 18, palestra para os assistidos do Lar Acolhedor.
Com uma dinâmica interativa, os conceitos sobre o papel da mulher na sociedade, bem como a distribuição das tarefas domésticas foram debatidos no evento que contou com a presença de crianças e adolescentes.
O secretário da Pasta, J. Chagas, frisou sobre a importância da construção de uma sociedade de paz e mais justa. “Esse conceito começa desde cedo, por isso é de extrema relevância a multiplicação de informações sobre o tema”.
A coordenadora da unidade, Rosângela Nogueira Santana da Silva, explicou que a atividade integra a programação do mês das mulheres da Secretaria de Assistência. “É muito importante trazer essa discussão para dentro do Lar Acolhedor, até porque o público aqui atendido, em sua maioria, já vivenciou essa situação, ou seja, são vítimas desse ciclo da violência doméstica”.
Atualmente, 13 pessoas, com idade entre três meses e 18 anos, em situação de vulnerabilidade social estão acolhidas na unidade. De acordo com Rosângela Nogueira, elas são encaminhadas para o Lar Acolhedor pelo Conselho Tutelar ou o Poder Judiciário. “Nosso trabalho é direcionado para a reestruturação familiar a fim de possibilitar o retorno dessas crianças e jovens aos seus lares. Assim, realizamos estudos e encaminhamentos dos pais para atendimento em nossa rede, como os Creas, os Cras e os Caps. Quando os resultados não são satisfatórios, fazemos uma busca ativa aos familiares extensivos, como tios e avós. A adoção é nosso último recurso”.
Há nove anos à frente das medidas de proteção à criança e ao adolescente em Barra Mansa, Rosângela revela que o trabalho desenvolvido pela equipe não é dos mais fáceis, mas é recompensador. “Aos poucos, buscamos reinserir os acolhidos em sua família originária. Temos muitos casos que deram certo. Há também as adoções, inclusive de irmãos. Neste período em que estou no Lar Acolhedor todas as adoções foram de êxito”, concluiu.