Iniciativa verifica atualização do cartão de vacinal, acuidade visual e auditiva e faz diagnóstico nutricional dos estudantes
O Programa Saúde nas Escolas vem desenvolvendo uma série de atividades voltadas para a melhoria da qualidade de vida de cerca de 20 mil alunos da rede municipal de educação de Barra Mansa. Por meio da iniciativa, são verificados dados, como a atualização do cartão de vacina, as acuidades visual e auditiva e realizado o diagnóstico nutricional dos estudantes, medida capaz de detectar casos de desnutrição, excesso de peso e obesidade.
De acordo com a enfermeira responsável pelo programa, Vivian Gomes Fonseca, as ações são rotineiras e têm impactado, de maneira positiva, no cotidiano das crianças e adolescentes. “Por meio dessa proposta, realizada em parceria com as Secretarias de Educação e de Saúde, através do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, temos conseguido conscientizar os pais e responsáveis para que tenham um olhar mais atento e cuidadoso sobre seus filhos. São medidas simples, mas que fazem a diferença. Podemos citar como exemplo, a vacinação contra o vírus HPV, que previne diversos tipos de câncer. Para se ter ideia, a dose é indicada a partir dos 9 anos de idade, porém, muitos pais devido a falta de informação e tabus não haviam se atentado sobre a importância da vacina como forma de prevenção ao câncer do colo do útero, de vagina, de orofaringe, vulvar e de pênis.”, destacou Vivian.
Especificamente, no que se refere à avaliação antropométrica, Vivian Gomes revelou que com o procedimento é possível detectar doenças provocadas pelo fator peso, como a desnutrição, diabetes, cardiopatias e hipertensão arterial sistêmica. “Neste caso, orientamos os pais e os próprios alunos sobre os riscos que as comidas industrializadas, os refrigerantes, os sucos artificiais e os doces representam para a saúde”, disse Vivian Gomes.
No Programa Saúde nas Escolas, as enfermeiras dos USFs (Unidades de Saúde da Família) se deslocam até os colégios para a realização das atividades. Nesta segunda-feira (17), uma das unidades a receber a avaliação antropométrica foi a Djair Machado Gomes, localizada no bairro Bocaininha. Durante todo o dia, 481 alunos passaram pelo diagnóstico nutricional, realizado a partir da verificação do peso e altura, além da circunferência de cintura e quadril.
Segundo a enfermeira Danielle D’Ávila e a nutricionista Fabiana Vieira de Barros, os resultados da avaliação são cadastrados no Sistema da Secretaria de Saúde. “Os casos em que são necessários acompanhamento médico, os pais são convocados pela direção da escola, que aborda detalhadamente sobre o problema. Esses alunos são encaminhados para consulta com a pediatra e na sequencia, com a nutricionista, que faz toda a investigação alimentar da criança ou adolescente e orientam sobre os grupos alimentares que não podem faltar no dia a dia de uma criança, como os carboidratos, proteínas e as gorduras de boa qualidade, junto de grupos de vitaminas e minerais”, ressaltaram.
A diretora da escola, Célia Aparecida Pimentel Escobar, disse que o Programa Saúde nas Escolas tem produzido resultados positivos na unidade e reforça alguns projetos desenvolvidos pela escola. “Na Educação Infantil, detectamos que as crianças não gostavam de frutas e verduras. Daí, promovemos uma Oficina de Sucos em sala de aula para que houvesse a experimentação. O resultado foi extraordinário e fortaleceu o consumo de frutas no cardápio da merenda escolar. Nossas crianças ficaram mais receptivas aos novos sabores”.
Célia frisou ainda o cuidado na elaboração diária do cardápio da merenda escolar. “A nutricionista da empresa responsável pelo fornecimento da merenda escolar indica os alimentos corretos para uma refeição balanceada capaz de fornecer todos os nutrientes que nossas crianças precisam. Quando uma criança tem uma alimentação adequada percebemos que todo o seu corpo funciona de uma maneira muito melhor, considerando desde o crescimento, formação de músculos, fortalecimento de ossos, como também na parte cognitiva. Na mesma medida, quando uma criança não tem todos os nutrientes que precisa, fica propícia a desenvolver algumas deficiências e, dependendo do nutriente que está em falta, interfere no seu aprendizado”, concluiu a diretora.