Foco do evento é estimular ainda mais a rede de apoio às nutrizes e evitar o desmame precoce

 

Nesta quarta-feira (29), profissionais de 20 Unidades Básicas Amiga da Amamentação de Barra Mansa (UBAAM) participam da capacitação promovida pelo Governo do Estado do Rio com foco no desenvolvimento de ações promotoras do aleitamento materno.  O encontro, intitulado ‘Por uma atenção primária fortalecida no cuidado às gestantes, mães, crianças e famílias’, será realizado no auditório da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), no Maracanã (RJ).

Na oportunidade, médicos, enfermeiras, coordenadores da ATAN (Área Técnica de Alimentação e Nutrição), Paimsca (Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente), Nasf (Núcleos de Apoio à Saúde da Família) e representantes dos supervisores distritais serão orientados acerca do apoio às gestantes para a importância do aleitamento ainda durante o pré-natal.

De acordo com o secretário de Saúde, Dr. Sérgio Gomes, com a atualização das informações a intenção é estimular ainda mais a rede de apoio e suprir as dificuldades encontradas pelas mães no início da amamentação, evitar o desmame precoce e ampliar o quantitativo de Unidades de Saúde Amiga da Amamentação no município. “O aleitamento materno integra uma estratégia ampla de promoção à saúde e nutrição das crianças, reduzindo em até 13% os índices de mortalidade infantil até os cinco anos de idade, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Além disso, evita diarréias, infecções respiratórias, diminui o risco de alergias, colesterol alto, diabetes, hipertensão e obesidade na vida adulta. A prática auxilia as mães na recuperação pós-parto”, destacou.

Além das 20 unidades de Saúde Amigas da Amamentação, Barra Mansa conta com um posto de coleta de leite materno, no Hospital da Mulher, localizado na Rua Tenente José Eduardo, 200, Ano Bom.

A unidade completou um ano de funcionamento neste mês de março e atua na orientação das mães sobre a amamentação e seus benefícios e na coleta do leite materno, inclusive a domicílio.

O leite coletado fica disponível para doações de segunda a sexta, de 8h às 17h, no Hospital de Mulher.

 A importância do aleitamento materno nos primeiros seis meses de vida

 Os bebês até os seis meses de idade devem ser alimentados somente com leite materno, não precisam de chás, sucos, outros leites, nem mesmo de água. Especialistas alertam que após essa idade, deverá ser dada alimentação complementar apropriada, combinada com a amamentação que deve seguir até o segundo ano de vida da criança ou mais.

A amamentação fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho. Bebês recém-nascidos devem ficar perto de suas mães e devem ser amamentados na primeira hora após o parto. O colostro, o leite amarelado e grosso que a mãe produz nos primeiros dias após o nascimento, é o alimento ideal para recém-nascidos. É muito nutritivo e ajuda a proteger o bebê contra infecções.

A mãe que amamenta precisa de uma maior quantidade de alimentos e líquidos. Assim supre suas necessidades e produz leite em quantidade e qualidade adequadas ao bebê. Ela precisa comer frutas, verduras, carnes, miúdos, legumes, feijão e arroz, que possuem os nutrientes e vitaminas de que precisa. Deve beber bastante líquido: chás, água, sucos ou leite. Isso ajuda a produzir leite. E não deve consumir álcool, fumo e outras drogas, nem tomar medicamentos sem receita médica.

OS DEZ PASSOS PARA A AMAMENTAÇÃO ADEQUADA

Sobre os dez passos para a amamentação, o secretário de Saúde, Dr. Sérgio Gomes, ressaltou que as medidas reforçam o suporte que as unidades básicas de saúde devem desempenhar com a finalidade de tornar o aleitamento materno uma prática universal, contribuindo expressivamente para a saúde e bem estar dos bebês e mamães.

PASSO 1 – Trata das normas e rotinas estabelecidas pela UBS visando à uniformização das condutas das equipes.

PASSO 2 – Se refere à capacitação sistemática e contínua de todos os membros da equipe que prestam atenção à saúde da mulher e da criança.

PASSO 3 – É voltado para a orientação das gestantes e mães sobre seus direitos e as vantagens do aleitamento materno de maneira a promover a amamentação exclusiva até os seis meses e complementada até os dois anos de vida ou mais.

PASSO 4 – Abrange atitudes profissionais nas quais o integrante da equipe de saúde deve escutar as preocupações, vivências e dúvidas das gestantes e mães sobre a prática de amamentar, apoiando-as e fortalecendo sua autoconfiança.

PASSO 5 – Trata do sucesso da prevalência do aleitamento, que deve ser iniciada ainda na sala de parto ou no centro cirúrgico, no caso de parto cesáreo, enquanto mãe e recém nato estão alertas e interagindo de forma que o contato com pele a pele propicie a primeira sucção de forma natural e espontânea.

PASSO 6 – Aborda a maneira correta da lactação. Muitas mulheres desistem do aleitamento materno por experimentarem dor ao amamentar ou por considerarem que têm leite insuficiente. O principal fator de prevenção dos traumas mamilares e de estabelecimento de uma mamada efetiva é o correto posicionamento do lactente ao peito para o desenvolvimento de uma pega adequada.

PASSO 7 – Orienta as nutrizes sobre o método da amenorréia lactacional e outros métodos contraceptivos adequados à amamentação.

PASSO 8 – Encoraja a amamentação sob livre demanda.

PASSO 9 – Aborda sobre os riscos do uso de fórmulas infantis, mamadeiras e chupetas, não permitindo propaganda e doações destes produtos na unidade de saúde.

PASSO 10 – Está relacionado ao fato de que uma mulher pertencer a um grupo de apoio à amamentação se mostrou capaz de contrapor e neutralizar a influência negativa de pessoas próximas.