Testes rápidos para detectar a doença devem chegar ao município em 2023
A Prefeitura de Barra Mansa, por meio da Secretaria de Saúde, realizou na manhã desta quinta-feira, 20, um evento de capacitação para o lançamento do teste rápido de hanseníase. A previsão é que os exames sejam disponibilizados pelo Ministério da Saúde a partir de janeiro de 2023.
O evento, que foi direcionado a médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde que trabalham na Atenção Básica do município, foi conduzido por profissionais da Secretaria Estadual de Saúde: a residente de enfermagem Joyce Oliveira Camilo Silva, a enfermeira Lia Raquel Araújo, a fisioterapeuta Daysy Almeida Bastos e a médica Vânia Luiza Cochlar Pereira.
“Essa capacitação visa orientar os profissionais das unidades básicas sobre como lidar com casos suspeitos e realizar os diagnósticos precoces para que sejam então encaminhados à Secretaria de Saúde”, informou o médico José Luís Martins, que desde 1994 é responsável pelo programa de hanseníase de Barra Mansa.
O médico acrescentou ainda que a doença, por muito tempo, levava as pessoas a ficarem em isolamento para não contaminarem as demais. “Hoje isso não acontece mais porque temos novas medicações e dentro de 72 horas já conseguimos ter retornos positivos. Dependendo da forma da doença, o tratamento pode durar de seis meses a um ano”, completou.
A gerente dos Programas de Hanseníase e Tuberculose da Secretaria de Saúde, Hellen Martins Diniz, informou que atualmente o município conta com sete pacientes em atendimento por conta da doença.
“Caso a pessoa esteja com sintomas suspeitos ela deve procurar a unidade básica de saúde mais próxima e receber o devido acompanhamento do programa de hanseníase. A doença está em processo de erradicação, mas continuamos avaliando muitos casos suspeitos”.
Hellen ressaltou ainda que o teste rápido será um apoio para o diagnóstico, não fechando definitivamente o quadro.
A DOENÇA
De acordo com informações do Ministério da Saúde, a hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, de evolução crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Ela atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais, podendo acarretar danos irreversíveis, inclusive exclusão social, caso o diagnóstico seja tardio ou o tratamento inadequado.
A infecção por hanseníase acomete pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade. Entretanto, é necessário um longo período de exposição à bactéria, sendo que apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece.