Operação conta com vistoria dos quintais das residências, conscientização dos moradores acerca do acondicionamento correto do lixo e identificação da toca desses animais nas vias públicas
Atendendo a solicitação dos moradores da Rua Elza Maria de Amorim, no bairro Saudade, em Barra Mansa, a Secretaria de Saúde, por meio do setor de Zoonoses, está intensificando o combate a roedores. Três equipes do órgão, composta por 15 agentes, realizam a vistoria das residências, a conscientização dos moradores acerca do acondicionamento correto do lixo e identificam a toca desses animais.
O coordenador do órgão, Antônio Marcos Rodrigues, detalha os procedimentos. “Nos quintais das residências verificamos as condições de higiene, observando se há restos de alimentos ou rações, fezes de cachorro e gato ou outro tipo de material orgânico que funciona como atrativo para os ratos. Quando identificadas as tocas, os agentes fazem a colocação de raticidas, de forma adequada, para não oferecer riscos à saúde humana, principalmente crianças, ou para animais. Trabalhamos com dois tipos de raticidas, um para ambiente seco, que é colocado nas tocas, e outro para ambientes úmidos, como bueiros”, detalhou.
Antônio Marcos disse que os moradores da Rua Elza Amorim foram orientados acerca do lixo na via pública. “Fizemos a desratização dessa área no dia 11 de julho. Retornamos hoje, mas precisamos da colaboração dos moradores para a manutenção do serviço. Basicamente, solicitamos que somente coloquem o lixo para fora de suas casas nos dias e horários da coleta. Isso evita que restos de material orgânico se acumulem nas lixeiras instaladas nesta via e continue atraindo os ratos”, ressaltou o coordenador, lembrando que a operação de combate aos ratos será estendida a todo o bairro no decorrer dessa semana.
Os raticidas, ainda de acordo com Antônio Marcos, são compostos químicos altamente tóxicos não só a ratos, mas também para seres humanos e animais domésticos, caso não sejam administrados respeitando procedimentos de segurança. Os raticidas são classificados em agudos e crônicos.
Os agudos, como o arsênio, a estricnina, o sulfato de tálio, mais conhecido como ‘chumbinho’ causam a morte do roedor em até 24 horas após a ingestão. Eles foram proibidos no Brasil, pois são altamente tóxicos, não são específicos e muitos não têm antídoto (substância que impede ou neutraliza a ação do veneno).
Já os raticidas crônicos têm efeito contrário, isto é, levam o roedor à morte em alguns dias após a ingestão, são largamente utilizados em todo o mundo por serem seguros e por existir antídoto (vitamina K injetável).
LEPTOSPIROSE – Os agentes alertam que os ratos são transmissores da leptospirose, doença que pode levar a morte. A doença é transmitida pela urina do rato e a contaminação se dá, geralmente, pela ingestão ou contato da pele com água contaminada. Os sintomas são febre e dor muscular, principalmente na batata da perna.