Jovem com plano de saúde não encontrou vaga em dois hospitais particulares; mãe e filha estão em observação e passam bem
O casal Thaffarel Henrique de Souza e Larissa Cristina da Silva Souza, de 30 e 20 anos, respectivamente, moradores do bairro São Francisco de Assis, em Barra Mansa, passaram um grande sufoco na última quinta-feira (23). Ela, que estava grávida de 34 semanas, deu entrada no Hospital da Mulher, na parte da manhã, com fortes dores da região da barriga e falta de ar. Pensando serem apenas sintomas normais do fim de uma gravidez, a jovem foi surpreendida quando notificada que já estava entrando em trabalho de parto.
Apesar de terem plano de saúde, o casal preferiu fazer todos os procedimentos do pré-natal no posto do bairro em que eles moram, deixando apenas os exames para serem realizados através do particular. Quando souberam da notícia, o casal tentou fazer a transferência para dois hospitais particulares do município, porém, em nenhum dos dois havia vagas disponíveis.
Tendo em vista que a bolsa já havia estourado, as obstetras do Hospital da Mulher orientaram que o parto deveria ser feito na unidade, pois haveria riscos de complicação caso houvesse a transferência. Às 13h40 nasceu a primeira filha do casal, Maria Fernanda da Silva Souza, com 2.70 quilos. A mãe segue internada em observação, com previsão de alta para este sábado, dia 25. Já a filha está na UTI Neonatal e seu quadro de saúde é estável.
De acordo com o pai, Thaffarel, toda gestação da esposa foi tranquila, porém, desde a última semana, ela vem sentido dores devido às contrações. “Na última semana viemos aqui para o Hospital da Mulher, pois ela estava com algumas dores. Ela foi medicada e, após um período em observação, foi liberada. Ontem (24), ela retornou sozinha, acreditando que novamente estava apenas com as dores e fomos surpreendidos com a notícia de que ela já estava entrando em trabalho de parto”, informou.
Em relação as tentativas de transferência para uma unidade particular, o pai explicou. “Nós temos plano de saúde para poder usufruir de um atendimento mais exclusivo e prioritário e não foi isso que aconteceu. Fui pessoalmente aos dois hospitais e não consegui vaga para minha esposa. Mandei mensagem para o obstetra dela e até o momento, não tive retorno. Agradeço demais a equipe do Hospital da Mulher, pois tivemos um atendimento excelente, com qualidade e presteza. Estamos satisfeitos e gratos pelo que fizeram pela minha esposa e minha filha”, agradeceu.
Sobre o Sistema Único de Saúde (Sus), Thaffarel disparou. “Eu sempre tive meus medos de depender do Sus, pois ouvimos muita coisa negativa, mas hoje eu tenho outra concepção, pois o atendimento dos médicos e enfermeiros tem sido de primeira, as refeições muito bem preparadas e os leitos bem confortáveis. Nunca ninguém quer ficar em um hospital, mas se houver necessidade, que esse local seja apropriado. Agora eu afirmo, o Hospital da Mulher não perde para nenhuma outra maternidade particular”, completou.
A diretora da unidade, Fernanda Chiesse, disse que quando a jovem deu entrada no Hospital da Mulher, após ser aferida a pressão, imediatamente ela foi levada para um leito. “Ela deu entrada com fortes dores na barriga, pressão alta e com dilatação l. Quando fomos informados que ela tinha plano de saúde, mandamos e-mail e telefonamos para os dois hospitais que ela indicou, mas não havia vaga. Após o procedimento cirúrgico, que foi um sucesso, ela foi medicada e no momento só permanece em observação, mas tanto ela, quanto a filha, estão bem e, em breve, vão poder curtir os momentos em família”, finalizou.