Evento aconteceu no UBM e reuniu professores, pedagogos e demais profissionais da rede de ensino municipal
Dando continuidade às ações relacionadas à Semana da Consciência Negra, a Prefeitura de Barra Mansa realizou o Seminário de Relações Étnicos-Raciais na Educação. A iniciativa aconteceu durante esta quinta-feira (23), no Centro Universitário de Barra Mansa (UBM). Contendo uma extensa programação, o evento teve como principal objetivo capacitar os profissionais da Secretaria de Educação para que assuntos sobre igualdade racial sejam reforçados nas salas de aula. O intuito do projeto é que os estudantes desenvolvam, desde os anos iniciais, a empatia e o respeito ao próximo.
A vice-prefeita de Barra Mansa, Fátima Lima, fez a abertura da capacitação e reforçou a importância que o município dá à essa temática. “Todo ano nós promovemos várias ações, mas a mais importante é a de capacitar professores, porque eu acredito que nós só alcançaremos transformação através da educação. Como professora, eu não posso pensar de outra forma. Quero destacar que a rede de ensino de Barra Mansa conta com muitas pessoas capacitadas nas mais diversas temáticas. Eu venho percebendo que, a cada ano, estamos crescendo mais, avançando mais e é esse o sentido para construir uma sociedade menos preconceituosa”, frisou a vice-prefeita.
Uma das palestrantes foi a professora da Escola Socioambiental Gelson Silvino, Daniele Araújo. Durante sua fala, ela ressaltou que para se ter uma mudança social é preciso que haja uma transformação na sociedade. “Dentro dos valores civilizatórios afro-brasileiros, eu quis trazer referências para as escolas, para que a gente possa praticar uma educação antirracista. Falar ser antirracista está na moda, mas a prática antirracista precisa acontecer e ela não ocorre em apenas um dia. 20 de novembro é uma data, mas as ações precisam ser diárias.”
Daniele irá participar de um congresso no Rio de Janeiro e aproveitou a ocasião para falar sobre sua participação no evento. “Minha fala será sobre as representações do homem negro no livro de história e como isso é apagado. Eu escolhi esse tema justamente pelo fato de que os maiores índices de reprovação e evasão escolar são de meninos negros. Então, a proposta é para que os professores mudem algumas práticas. O livro é um item muito importante, mas precisamos ir muito além dele”, completou a professora.
O evento foi uma iniciativa da Secretaria da Municipal de Educação, juntamente com a Gerência da Promoção de Igualdade Racial (Gepir) e o Conselho Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Comupir). A ação também teve o apoio da UBM e do Jongo Cafezal.