Evento aconteceu na Praça da Matriz, promovendo diversidade de ideias e produtos, além do empreendedorismo individual e coletivo
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação de Barra Mansa realizou neste sábado, 19, uma nova edição da Feira da Economia Criativa, com a participação dos coletivos Borogodó, Girassóis, Vivendo de Arte, Cia do Artesanato, Café com Arte e Feira da Preguiça. O evento, realizado na Praça Ponce de Leon, popularmente conhecida como Praça da Matriz, foi uma alusão ao Dia do Artesão, celebrado hoje.
De acordo com a gerente de Turismo da prefeitura, Bhella Santos, a iniciativa teve a finalidade de evidenciar e valorizar os trabalhos produzidos pelos artesãos barra-mansenses. “Dessa maneira, promovemos a diversidade de ideias e produtos, apoiamos a economia criativa e o empreendedor coletivo e individual, além de celebrar o Dia do Artesão”.
Além da mostra de produtos, a feira contou com oficinas de artesanato, apoiada pelos fabricantes Dohler, Tek Bond e Santa Fé; oficinas de práticas de alimentação saudável, promovida pela equipe do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família); atendimento psicossocial aos artesãos com a psicóloga Grazielle Nacarate, apresentação do mágico Gustavo, distribuição gratuita de pipoca, algodão doce e sorteio de prêmios oferecidos pelas lojas parceiras.
Dia do Artesão
Não é por acaso que o Dia do Artesão é comemorado no dia 19 de março. A data é uma homenagem a São José – santo cristão que era carpinteiro, pai de Jesus, que herdou seu ofício. A Bíblia usa a palavra “tekton”, que quer dizer ‘aquele que trabalha com as mãos’, para descrever a atividade do pai de Jesus Cristo.
De acordo com a tradição cristã, eles eram marceneiros e naquela época, praticava-se o ofício de maneira artesanal, por isso a escolha de São José para proteger os que exercem a profissão de artesão.
Profissionais em BM
Em Barra Mansa, em 2015 a profissão de artesão foi regulamentada pelo governo através da Lei 13.180, que inclui também formas de incentivo governamental à prática da atividade. Atualmente, o município tem cerca de 700 artesãs cadastradas oficialmente na Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
Muito mais que objetos
“Trabalho com costura criativa de bolsas e mochilas há 14 anos. Acredito que o artesanato seja a expressão da criatividade do ser humano”. Assim traduziu o significado do ofício, Luciana Lopes, de 34 anos, em meio ao colorido de seus produtos que atraiam quem passava pela Praça da Matriz.
Cores e formas também não faltaram no estande de Maria Sílvia Avelar, de 60 anos. Em sua análise transacional sobre a profissão, que exerce depois de se aposentar como professora da rede municipal após 27 anos de atuação, foi de que o artesanato promove interação, gerando amizades, crescimento pessoal e aperfeiçoamento de técnicas.
“Criar meus bordados é uma terapia, assim como vir para a praça. Amo! Além de tudo isso, lidar com o público e com as outras artesãs no dia a dia faz com que eu cresça muito como pessoa. Faço uma nova amizade diariamente. Vivia isso em sala de aula com meus alunos e, hoje, aprendo lidando e me relacionando com o público e meus colegas”, conclui Sílvia.
Fotos: Felipe Vieira