Abordagem de casos de racismo no ambiente escolar foi repercutida entre profissionais de educação

 

A Prefeitura de Barra Mansa, por meio da Gerência de Promoção da Igualdade Racial (Gepir), da Fundação Cultura e da Secretaria de Educação, realizou na manhã desta quinta-feira, 17, mais uma atividade do Mês da Consciência Negra. Os diretores das escolas municipais participaram de uma capacitação no auditório da Escola Sesi, no bairro Barbará.

A psicóloga da Divisão de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de Volta Redonda, Juliana Sampaio, foi uma das palestrantes. Ela comentou sobre a necessidade de representar os alunos que sofrem racismo no ambiente estudantil.  “Produzir atividades e conteúdos em conformidade com a lei é uma construção para uma sociedade escolar melhor. Precisamos construir esse espaço para que as pessoas negras saibam lidar com situações racistas e assim criar olhos e ouvidos para enfrentarem a discriminação”.

A presidente da Comissão de Igualdade Racial e Intolerância Religiosa da OAB-BM, Francyne Lima, também palestrou na capacitação e reforçou que a formação dos professores é essencial para os estudantes. Já a pedagoga e presidente do Conselho Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Comuppir), Aldjane Prata, evidenciou que a escola é um veículo muito importante, já que uma dualidade é criada no mesmo espaço. “Temos que conscientizar os diretores para lutar diariamente contra o racismo estrutural. Isso é fundamental para o desenvolvimento dos alunos”.

A vice-prefeita Fátima Lima falou sobre a importância do trabalho em conjunto com a Secretaria de Educação. “Sabemos que o resultado só chega se houver uma parceria. É na escola que as coisas acontecem. Não vamos fazer a diferença e sim ser a diferença para os estudantes com a responsabilidade necessária que o nosso governo sempre se cobrou.”

Fátima ainda lembrou a importância da Lei Federal 10.639/2003 e da Lei Municipal 3.592/06, que foi atualizada este ano pelo prefeito Rodrigo Drable. “As leis são frias. Elas servem para mostrar uma necessidade da sociedade, mas ainda assim é preciso a conscientização dos professores e diretores em cada escola para que a lei consiga fazer o seu papel.”

O secretário de Educação, Marcus Barros, e o presidente da Fundação Cultura, Marcelo Bravo, também estiveram presentes na palestra. Ambos enfatizaram que em Barra Mansa o trabalho é feito de forma transversal entre secretarias para ampliar o alcance das ações. A programação especial do Mês da Consciência Negra segue até o dia 30 de novembro.