Reunião definiu sobre a criação do Plano Municipal de Prevenção às Queimadas e de uma brigada voluntária de combate às chamas
O Condema (Conselho de Desenvolvimento de Meio Ambiente de Barra Mansa), através do Grupo de Trabalho de Incêndios Florestais realizou nesta quinta-feira (22), um encontro para dar início à elaboração do Plano Municipal de Combate e Prevenção a Queimadas e Incêndios Florestais. A reunião ocorreu no Parque Natural Municipal de Saudade e contou com representações da Defesa Civil Municipal, Nudec-Sul da Defesa Civil Estadual, 7º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar, Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Fundação Cultura, Ordem dos Advogados do Brasil – 4º Subseção BM e UBM (Centro Universitário de Barra Mansa).
A atividade foi conduzida pelo gerente de Unidade de Conservação da Secretaria de Meio Ambiente, Douglas Muniz. Ele apresentou informes sobre o crescimento expressivo de queimadas e incêndios florestais no período de abril a outubro, em função do período de estiagem, agravado pela ação do homem sobre a natureza. “Ainda existem pessoas que praticam a queimadas de lixo, embora o município tenha uma coleta organizada, sistemática e eficiente e/ou utilizam o fogo na limpeza de terrenos com mato alto ou resto de podas de árvores. Há também aqueles que descartam o cigarro ainda aceso em local inadequado”, enumerou.
As ocorrências registradas na Secretaria de Meio Ambiente apontam que no decorrer de 2020, os bairros Ano Bom e Colônia Santo Antônio concentraram os maiores índices de áreas afetadas pelo fogo, com 11 ocorrências em cada localidade; seguido da Vila Nova (09); Vista Alegre (07); Santa Clara (06); Piteiras (05) e Vila Ursulino (04).
Uma das características geográficas de Barra Mansa são os relevos, áreas que convergem para a propagação dos focos de incêndio. Neste contexto, os participantes do encontro apontaram para a criação de uma brigada de incêndio voluntária. O grupo receberá capacitação com cursos oferecidos pelo Sindicato Rural, Nudec-Sul da Defesa Civil e do 7º Grupamento do Corpo de Bombeiros.
O lançamento do Programa de Brigadistas Voluntários acontece na próxima semana. A brigada terá entre outras atribuições a realização de operações integradas de patrulhamento ambiental pelo menos uma vez por semana; de operações de fiscalização visando coibir práticas ambientalmente ilegais e identificar os responsáveis pelos danos ambientais causados pelo uso do fogo não autorizado e por outros ilícitos ambientais, além ações educativas direcionadas à conscientização dos perigos e danos ambientais causados pelo uso indiscriminado do fogo, com emissão de notificações preventivas de incêndios.
DANOS PROVOCADOS PELAS QUEIMADAS E INCÊNDIOS FLORESTAIS
– Aumento das doenças respiratórias (grandes prejuízos no atual contexto da pandemia de COVID-19);
– Perda da diversidade biológica da Flora e da Fauna;
– Diminuição da qualidade do solo e aumento da erosão;
– Destruição de plantações;
– Poluição do ar, da água e do solo.