Intervalo que era de um ano após um dos procedimentos passou a ser de seis meses. Hemonúcleo da cidade adotou a medida após recomendação do Hemocentro, no Rio de Janeiro
O Hemonúcleo Municipal de Barra Mansa reduziu nesta terça-feira, dia 19, o tempo de inaptidão para doações de sangue por pessoas com piercing ou tatuagem. O intervalo, que era de um ano após um dos procedimentos, passou a ser de seis meses. De acordo com a coordenadora da unidade, Thaís Mendes, o doador só terá a redução de tempo validada após triagem feita pela equipe do local.
“A triagem é o momento em que conversamos com os doadores para vermos a possibilidade da doação. No caso de pessoas com tatuagens, será necessária a comprovação do local onde ela foi feita, para saber se o local possui autorização da Vigilância Sanitária para funcionar. Mesmo assim, todo o material coletado passa por testes clínicos e sorológicos”, explicou.
Thaís também destacou que a unidade adotou a medida após recomendação do Hemocentro, na capital do estado. “A unidade na capital carioca já faz uso da medida a um tempo, e após avaliações no município, chegamos à conclusão de que sim, é seguro realizar a redução”.
Thaís ainda enfatizou que a medida irá contribuir para a manutenção do estoque de bolsas de sangue, que está em estado crítico. “Todos os anos sofremos no período de baixas temperaturas, quando a unidade registra queda no número de doações, sendo prejudicial para todo o Sistema de Saúde”.
Atualmente, o Hemonúcleo de Barra Mansa necessita de doadores de todos os tipos sanguíneos, principalmente dos tipos A-, B-, AB- e O-, que se encontram em nível crítico.
Para doar, é necessário ter entre 16 e 69 anos. A primeira doação dos idosos deve ser feita até os 59 anos, 11 meses e 29 dias. Menores de idade só podem doar mediante autorização dos responsáveis.
Todos devem estar com saúde em dia, pesar no mínimo 50 quilos, não ter ingerido bebida alcoólica no mínimo 12 horas antes da doação.
O Hemonúcleo funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 11h, na Rua Pinto Ribeiro, n°205, anexo à Santa Casa de Misericórdia, no Centro.
FOTO: Felipe Vieira