Avaliação Diagnóstica Formativa padroniza levantamento amplo, por unidade e por aluno, apontando quais ferramentas podem ser utilizadas para a promoção da aprendizagem
A Secretaria de Educação de Barra Mansa está implantando em todas 69 unidades de ensino da Rede Municipal, com seus mais de 18.200 alunos, uma ferramenta chamada Avaliação Diagnóstica Formativa. Através dela, será possível padronizar levantamento amplo, por unidade e por aluno, apontando possíveis lacunas de aprendizagem e quais ferramentas podem ser utilizadas para a promoção do conhecimento. O método foi desenvolvido pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e aderido pelo MEC (Ministério da Educação). As assessoras Estratégicas da Secretaria Municipal de Educação, Ana Júlia Cury Gonçalo e Ionara Hygino Muniz, destacaram que a nova Avaliação Diagnóstica é parte de uma sequência de ações que haviam sido promovidas desde o retorno das aulas presenciais, após o período mais crítico da pandemia de Covid-19. “Tivemos dois anos de aulas remotas e a rede olha para a escola com este período de afastamento de sala de aula. Realizamos todo o trabalho on-line, e precisamos fazer um diagnóstico dessa aprendizagem, que iniciamos desde o retorno das aulas presenciais, no segundo semestre de 2021. Isso já nos apontou indícios da realidade do município. A partir daí, adaptamos a proposta curricular e outras ações formativas desde fevereiro de 2022 estão acontecendo. Entre elas estão o reforço escolar e as formações continuadas, por exemplo”, explicou Ana Júlia. Ionara acrescentou que cada unidade de ensino fazia seu próprio diagnóstico, através de seus próprios métodos. Agora, o secretário Marcus Barros procurou uma avaliação padronizada para toda a rede. “Será um diagnóstico feito pelo MEC, através de uma metodologia de larga escala desenvolvida pela UFJF. Não é apenas uma avaliação quantitativa, mas qualitativa, feita a partir da matriz do SAEB, que é o Sistema de Avaliação da Educação Básica do Governo Federal. Através dele, inclusive, que acontecem os repasses do Ideb, que é o financiamento da educação pública aos municípios”, acrescentou Ionara. Existem réguas, marcas que a criança tem que atingir na série em que está cursando. Conforme a avaliação é aplicada, percebe-se o índice de aprendizagem em que ele se encontra. “Se houver uma defasagem, o próprio sistema nos apresenta materiais de suporte para trabalhar com ele; o que ele ainda não sabe ou deveria saber e de que forma o professor pode promover isso. Então, são avaliações e metodologias periódicas que estamos implantando para o desenvolvimento de cada aluno”, ressaltou Ana Júlia. REALIDADE DE CADA ESCOLA E ALUNO A assessora da Gerência de Educação Básica, Carla Giovana Silva de Castro Rolim, destacou a importância da ferramenta. “Ela possibilitará a identificação da realidade de cada escola, turma e especificamente de cada aluno. Vai nos permitir observar se as crianças e jovens estão desenvolvendo as habilidades propostas no processo de ensino e aprendizagem e será fundamental para refletirmos as causas das dificuldades, definindo assim as ações necessárias para trabalhar as defasagens encontradas”. A gerente de Educação Básica, Alessandra Mara Leone Magalhães, também destacou que objetivo da avaliação diagnóstica é identificar de forma precisa, as lacunas de aprendizagem dos estudantes, para que, a partir destas informações, ocorra a análise, as reflexões e o desenvolvimento de ações a serem implantadas no âmbito de escola por toda a equipe escolar. “Cabe à Gerência de Educação Básica dar continuidade ao planejamento e desenvolvimento de estratégias de realinhamento da Proposta Curricular, de implementação de Programas Educação em Tempo Integral, Reforço Escolar e Correção de Fluxo; garantindo a sequência de Formações Continuadas e até mesmo redimensionar a oferta de atendimentos individualizados pelas SAECs. (Salas de Atendimento Educacional Complementar)”, pontuou. OLHAR ZELOSO PARA O PROBLEMA MUNDIAL O secretário municipal de Educação, Marcus Barros, destacou e agradeceu o empenho de todos os profissionais em solucionar um problema que atinge todo o mundo. “Não fechamos os olhos e mantivemos nossa atenção, de forma carinhosa, para a realidade. Está acontecendo com todos, mas temos que tomar alguma providência, pois este é um problema que precisa ser solucionado. O professor continua sabendo dar aulas, mas o aluno pode ter adquirido lacunas de aprendizado ao longo desses dois anos. Temos este olhar zeloso para uma situação global”, concluiu Marcus Barros.FOTO: Felipe Vieira