Apenas Barra Mansa e Petrópolis no estado do Rio de Janeiro atenderam aos critérios determinados

O trabalho realizado pela Secretaria de Saúde de Barra Mansa continua alcançando resultados expressivos e ganhando ainda mais reconhecimento fora do município. Por conta das ações desenvolvidas na prevenção da transmissão vertical do HIV – causador da AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) –, Barra Mansa enviou um relatório ao Ministério da Saúde e recebeu, em agosto, a visita de uma equipe técnica do órgão. Com a análise dessas informações, o município poderá obter ainda este ano a inédita Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical de HIV. No estado do Rio de Janeiro, apenas Barra Mansa e Petrópolis estão aptas para tal reconhecimento.

De acordo com informações do Ministério da Saúde, a transmissão vertical (da mãe para o seu filho) é a principal via de infecção pelo HIV na população infantil. No Brasil, essa forma de transmissão tem sido responsável por cerca de 90% dos casos notificados de AIDS em menores de 13 anos. Estima-se que 15 a 30% das crianças nascidas de mães soropositivas para o HIV adquirem o vírus na gestação, durante o parto ou por meio da amamentação.

Em Barra Mansa, a prevenção da transmissão vertical do HIV é realizada pelo Programa de IST/AIDS, com atuações no Hospital da Mulher, nas unidades de Atenção Primária à Saúde, no Laboratório Municipal, entre outros dispositivos da rede municipal de saúde. Quando uma gestante tem o diagnóstico positivo do HIV, ela realiza o pré-natal de risco no Hospital da Mulher e é atendida pelo Programa IST/AIDS. Após o nascimento, a criança é acompanhada por um infectologista pediatra e recebe uma fórmula láctea infantil fornecida pelo estado.

O secretário de Saúde de Barra Mansa, Dr. Sérgio Gomes, enalteceu o comprometimento de todos os profissionais que trabalham na área para que os resultados sejam tão positivos. “Nós temos uma equipe que trabalha diariamente em busca de melhores resultados. Realizamos testes rápidos em todas as unidades de Atenção Primária e ocorre um trabalho de intersetorialidade envolvendo o Programa IST/AIDS, o Hospital da Mulher e as unidades de saúde. E como consequência desse trabalho, não temos nenhuma criança contaminada por transmissão vertical do HIV, o que é algo a ser destacado”, declarou.

A enfermeira do Programa IST/AIDS de Barra Mansa, Tatiane Tavares Ferreira, disse que o relatório enviado em julho ao Ministério da Saúde foi bastante extenso e detalhado, o que demandou muito tempo e esforço para a coleta e apresentação dos dados. “Nosso trabalho foi elogiado pelo Ministério da Saúde. A equipe disse que o trabalho foi bem elaborado e tivemos um parecer muito favorável sobre o relatório. O resultado oficial ainda não saiu, mas deve ser divulgado em outubro deste ano”, informou.