No total, serão examinados entre 100 a 300 animais em todo o município
A Prefeitura de Barra Mansa, por meio da Vigilância Ambiental, deu continuidade nesta quinta-feira, 24, ao trabalho de pesquisa e diagnóstico da infecção por Leishmania Infantum em cães do município. A ação teve início na segunda-feira, 21, com a chegada de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e encerra nesta sexta-feira, 25.
O trabalho é uma parceria entre a Fiocruz, o Governo do Estado do Rio de Janeiro e a Vigilância Ambiental de Barra Mansa. A cidade foi escolhida como município base da Região Sudeste devido aos anos de cooperação com a Fiocruz e pelo programa Leishmaniose Visceral Canina, que acontece na cidade desde 2011 e é reconhecido a nível nacional. Além disso, a colaboração ocorreu devido aos altos índices da doença na região.
O coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental, Antônio Marcos Rodrigues, explicou como funciona a ação. “São coletadas amostras de sangue dos cães, que são devidamente sedados, fazem um pré-teste no laboratório e em seguida as amostras são encaminhadas ao Centro de Referência em Leishmaniose – Fiocruz/ICC-PR. Isso é uma pesquisa de alto nível, muito importante e inédita na região”.
Antônio Marcos ainda informou a importância do projeto para a cidade. “Essa realização é também um apoio do prefeito e da Secretaria de Saúde. É muito importante Barra Mansa participar desse projeto, pois é algo que dará uma visão do agente etiológico que causa a doença e tudo isso soma pra gente continuar com o objetivo de estarmos trabalhando a Leishmaniose Viseral Canina aqui”.
Artur Velho, técnico em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, falou sobre a intenção do projeto. “Esse painel sobre a Leishmaniose foi feito por volta de dez anos atrás e depois disso não foi feito nada parecido. Então, através desse projeto que visa identificar o novo panorama da doença no Brasil, Barra Mansa foi escolhida na Região Sudeste devido aos fatos citados. Devido ao tempo que se passou do último painel realizado, esse projeto consiste em entender o novo perfil da doença, como ela está se desenvolvendo, como está se espalhando, para qual direção e quais são os pontos mais importantes para o controle e a vigilância da doença”.