Município tem 24% de taxa de ocupação de leitos de UTI; 19% de enfermaria e dos 39 respiradores mecânicos, apenas dois estão sendo utilizados
A Prefeitura de Barra Mansa, por meio da Secretaria de Saúde, afirmou na manhã desta quinta-feira (25), que a situação do município em relação aos casos de Covid-19 se encontra razoavelmente equilibrada. Os resultados são frutos das medidas adotadas desde o início da pandemia, o que tem permitido a evolução sobre o controle dos casos da doença.
De acordo com o prefeito Rodrigo Drable, o município optou pela criação de alguns protocolos que tem feito o diferencial no atual cenário. “A visitas domiciliares e o acompanhamento de familiares de pacientes confirmados ou com suspeitas do coronavírus pela equipe do SAD tem possibilitado diagnosticar o momento insipiente da doença, ou seja, quando as pessoas começam a manifestar os primeiros sintomas. Com o tratamento imediato, temos conseguido reduzir a evolução dos casos. Prova disso, é a média diária de 3,5% que o município tem registrado sobre o crescimento dos casos da Covid-19, enquanto na capital do Rio esse quantitativo está em torno de 9% por dia”, destacou.
Rodrigo comentou acerca da taxa de ocupação hospitalar, que segundo ele, é decisiva para definir se o município mantém o comércio aberto, preservando e mantendo o índice de empregabilidade. “Hoje temos cinco pacientes internados na UTI, o que representa 24% da nossa capacidade. Em leitos clínicos, são 13 pacientes, com uma taxa de ocupação de 19%. Com relação aos respirados, 94% estão disponíveis e, inclusive nesta semana, recebemos mais três unidades, que darão suporte ao atendimento do Centro de Triagem e Tratamento da Covid-19, na Região Leste. Paralelamente, a Santa Casa adquiriu outros sete respiradores. Assim passamos de 29 respiradores para 39, sendo que deste total apenas dois estão sendo utilizados. Aliado a esta situação, o estoque de medicamentos, insumos e máscaras de proteção individual está abastecido para atender as necessidades do município por um bom tempo”.
Com relação ao Hospital Regional Zilda Arns, que por falta de repasse de verbas do Governo do Estado, não está recebendo novos pacientes com coronavírus, Rodrigo Drable disse que os cidadãos barra-mansenses não correm o risco de ficar sem atendimento e leitos na rede municipal de saúde. “Esse cenário só aconteceria mediante o recebimento de pacientes de outras cidades do Estado para tratamento em nossa cidade”.
FALTA DE REPASSE DO ESTADO – Na última quarta-feira (24), Rodrigo Drable se reuniu com o governador do Estado, Wilson Witzel, para tratar dos atrasos no repasse de verbas para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e a CDR (Clínica de Doença Renal).
O prefeito lembrou que mesmo diante de três meses sem qualquer rapasse de recursos para a UPA, os salários dos médicos, enfermeiros e demais profissionais da instituição, estão em dia. Destacou ainda que, em junho de 2019 inaugurou a CDR e que o Governo do Estado desde essa época não paga as parcelas referentes às suas obrigações perante o funcionamento da Clínica. “O Estado acumula uma dívida com Barra Mansa no valor de R$ 2,5 milhões e num cenário de pandemia esses recursos fazem muita falta para garantir os serviços de saúde. Tínhamos uma expectativa de receber do Governo o colégio militar, asfalto e a construção de um teatro. Isso não avançou, então, pelo menos os repasses para a UPA e a CDR precisam ser garantidos todos os meses”.
Drable informou que o governador foi extremamente cordial e se comprometeu em resolver os problemas de ordem administrativa que afetam a saúde no Estado. Há a possibilidade de equacionar as pendências financeiras com a organização social que administra o Hospital Regional nesta sexta-feira (26).
Por fim, o prefeito descartou, no momento, a possibilidade de paralisar as atividades do comércio. “O que faz as pessoas necessitarem de um leito não é o teste do coronavírus, mas a evolução da doença. Se nossa cidade dispõe de leitos e respiradores é resultado das ações que implementamos. Temos clareza sobre a importância do uso da máscara facial, higienização das mãos e o isolamento social, quando possível. Assim, sendo enquanto o cenário se mantiver equilibrado, a prefeitura não fechará as lojas previamente a fim de não sacrificar o comércio e gerar desemprego”.