Registro favorece a implantação de políticas públicas voltadas para o setor

A Fundação Cultura Barra Mansa (FCBM) estabeleceu as normas e os critérios para o Cadastro Municipal de Cultura da cidade. O registro serve para criar indicadores que demonstram os meios produtivos da economia criativa em desenvolvimento e representem a identidade local para contribuir com as políticas públicas de cultura municipal.

O cadastro ficará disponível por tempo indeterminado podendo ser interrompido a qualquer momento pela FCBM. As inscrições já podem ser feitas pelo link: https://forms.gle/X2tccGcmKS2wMDQo9

Para se cadastrar são necessários: nome; CPF; RG; data de nascimento; e-mail; telefone; endereço completo; nacionalidade e estado civil. Já as organizações formais ou informais devem indicar: nome da organização ou razão social; CNPJ; endereço; responsáveis e número de integrantes.

É preciso dizer a principal área de atuação cultural, dentre: arte educador; artes visuais; artesanato; audiovisual; casa de religião de matriz africana; capoeira; circo; cultura afro; cultura popular; dança; gastronomia; gestor cultural; hip-hop; literatura; moda; música; patrimônio histórico; produtor cultural; teatro; técnicos de som; técnico de luz; técnico de cenário; técnico de figurino e cultura nerd.

Os inscritos devem apontar a área de atuação secundária com descrição das atividades desenvolvidas; portfólio e resumo da carreira artística. Além disso, se possuírem outras atuações é preciso detalhar. São requisitadas informações sociais e econômicas dos indivíduos ou das organizações para a inscrição.

O presidente da FCBM, Marcelo Bravo, destaca a importância do Cadastro para melhorar as políticas culturais do município e ressalta os esforços para estabelecer indicadores comuns com a Região do Médio Paraíba Fluminense.

“Aqui em Barra Mansa, estamos fazendo nossa parte, contribuímos para aqueles que ainda não conseguiram organizar a parte administrativa ou tecnológica desse cadastro. Em breve, poderemos comparar dados, identificar fragilidades, encontrar oportunidades para investimentos, entre outras decisões que poderão ser tomadas de forma assertiva”, disse.

A presidente do Fórum Regional do Médio Paraíba, Tatiana Nahon, evidencia que o Cadastro é essencial para a implementação cultural, uma vez que os dados permitem entender melhor o fazedor de cultura e suas carências. “Conseguimos ter um mapeamento correto de quais são as áreas que têm uma maior necessidade de alguma ação específica, onde está faltando aplicar algum recurso e como é a distribuição”, comenta.

O vice-presidente do Conselho de Cultura de Barra Mansa, Marcello Freire, ressalta que o Cadastro Cultural é fundamental para melhorar o setor no município. “Através deste cadastro que vamos mapear os agentes culturais e seus setores e com isso vamos criar as políticas públicas que realmente atendam suas necessidades e expectativas”, afirma.

Bravo ainda evidencia que o cadastro permite a identificação dos agentes culturais que precisam de acessibilidade, ou seja, os agentes que frequentam instituições como CAPS, CRAS, CREAS, APAE ou os que recebem BPC, Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência.

“Ampliamos o entendimento sobre acessibilidade e não mais basta promover medidas que levem a arte a cultura aos expectadores, mas também possibilitar que aqueles que produzem arte e se envolvem ativamente com atividades culturais, possam ter a prioridade no acesso a recursos e na elaboração de políticas culturais adequadas. Um exemplo em Barra Mansa, são as aulas de capoeira na praça, as visitas guiadas na galeria com o programa educativo para os usuários dos serviços de saúde mental do município”, comentou.