Alunos aprendem sobre a agricultura sustentável e as alternativas de combate à fome

Colocar a mão na terra, manusear sementes e mudas de hortaliças, acompanhar o processo de germinação e desenvolver valores relacionados às questões ambientais estão na pauta diária dos alunos da Escola Vocacionada Socioambiental, que funciona no Ciep Ada Bogato, na Região Leste. Com a implantação das oficinas de agroecologia, em março de 2022, o projeto ‘Horta: mãos unidas para a agricultura sustentável’ tem propiciado aos envolvidos a consciência acerca da importância da produção de alimentos e a necessidade de buscar caminhos alternativos de combate à falta de alimentos.

A agroecologia integra a grade curricular da unidade escolar, conforme detalhou o secretário de Educação, Marcus Vinícius Barros. “Neste contexto, temos desenvolvido propostas com foco na agricultura sustentável e nas alternativas alimentares Os resultados estão sendo surpreendentes e muitos alunos têm levado a experiência para os quintais de suas casas”.

O projeto envolve cerca de 250 alunos, segundo o coordenador pedagógico Lucas Peres Guimarães. “Por meio de aulas com didáticas específicas para cada nível de escolaridade, conseguimos transmitir as informações teóricas e na sequência, literalmente, colocamos a mão na terra, preparando os canteiros, as sementes e todo o processo de plantio. Aproveitamos para estimular a prática da alimentação saudável em tempos onde um expressivo percentual da população enfrenta problemas de obesidade e suas consequências sobre a saúde, causada na maioria dos casos pelo excesso de comida industrializada, refrigerantes e afins”.

DA HORTA PARA A MERENDA

A colheita das verduras orgânicas acontece sempre às sextas-feiras, quando as folhas são higienizadas e preparadas pelos próprios alunos e vão para o cardápio da merenda escolar.

A diretora do Ciep Ada Bogato, Juliana Rezende, enfatizou que o momento do almoço com os alimentos produzidos pelos alunos tem gerado grande memória afetiva. “Isso leva nossos alunos a pensarem na importância da atividade de plantar e colher e da valorização àqueles que retiram da produção de alimentos o seu sustento e da sua família”.

João Marcos Ribeiro, aluno do 7º Ano, a experiência tem sido gratificante. “Aprendermos tudo sobre a salada que comemos. Nós construímos a horta do zero, e acompanhar o crescimento e a colheita tem sido muito legal”.

Miguel dos Santos, também aluno da unidade escolar do 4° Ano do Ensino Fundamental, fez questão de dizer o quanto saboreou a alimentação. “A salada que foi feita com a colheita da nossa horta estava muito gostosa. Nunca comi uma salada tão boa. Só de pensar me dá água na boca”.