Prevenção à doença é feita através da destinação correta do lixo orgânico
Agentes da Vigilância em Saúde Ambiental da Prefeitura de Barra Mansa estão intensificando as ações de orientação e combate à Leishmaniose Visceral Canina. Nesta sexta-feira, 19, a operação de vistoria, triagem e coleta de material de alguns animais foi realizada no bairro Vila Independência.
Segundo informações do coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental, Antônio Marcos Rodrigues, o serviço é sistemático e o diagnóstico da doença é realizado através de exame no laboratório do próprio órgão. “Quando o resultado da análise é positivo enviamos para o Laboratório Central Noel Nutels, no Rio de Janeiro, para que seja efetuada uma segunda confirmação do laudo”, disse.
Sendo positivado o exame, o proprietário do animal é informado. “A Leishmaniose Visceral Canina não tem cura. Portanto, as opções são o tratamento do animal para aliviar os sintomas da doença até que venha a óbito ou a eutanásia. Classicamente a doença apresenta lesões cutâneas, principalmente descamação, em particular no espelho nasal e orelha. Nas fases mais adiantadas, observa-se com grande freqüência, o alongamento das unhas, o aumento do baço, dermatites, úlceras de pele, e secreção ocular”, enumerou.
Sobre a doença
Os cães representam o reservatório da doença quando infectados pelo protozoário Leishmania, que é transmitido através dos insetos flebotomíneos, conhecidos popularmente como mosquito palha, tatuquira, birigui entre outros.
Os insetos desenvolvem-se em locais úmidos, sombreados e ricos em matéria orgânica (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos), por isso a melhor forma de combate ao mosquito vetor se dá por meio da higiene do ambiente limpeza periódica dos quintais, retirada da matéria orgânica em decomposição e destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das formas imaturas dos flebotomíneos, além de limpeza dos abrigos de animais domésticos.
A Leishmaniose Visceral pode acometer os humanos. A doença tem tratamento gratuito e disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde.
No entanto, o tratamento da Leishmaniose Visceral Canina (LVC) traz riscos para a Saúde Pública por favorecer a disseminação da doença, pois os cães não são curados parasitologicamente, permanecendo como reservatórios do parasita, além do risco de desenvolvimento e disseminação de cepas de parasitos resistentes às poucas medicações disponíveis para o tratamento.
Atualmente a eutanásia de animais infectados pode ser utilizada para controle e combate a disseminação da doença.
A Leishmaniose Visceral no cão é de evolução lenta e início insidioso. O quadro clínico dos cães infectados apresenta um espectro de características clínicas que varia do aparente estado sadio a um severo estágio final.
A prevenção à doença pode ser feita com o uso da coleira antiparasitário, que deve ser adquirida pelo dono do animal.