Encontro faz parte de um projeto desenvolvido pela escola com a finalidade de buscar soluções para os problemas que afetam o município

 

O prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable, recebeu na manhã desta quarta-feira (14), em seu gabinete no Centro Administrativo, representantes de turma da Escola Sesi do município. O encontro faz parte de um projeto que está sendo desenvolvido pela unidade educacional envolvendo cerca de mil alunos da Educação Infantil ao 9º ano do Ensino Fundamental e tem como proposta a busca de soluções para os grandes problemas que afetam a cidade.

No evento, os alunos tiveram a oportunidade de perguntar ao chefe do Executivo sobre várias questões, como obras, investimentos, enchentes, tratamento de lixo e segurança pública.

Rodrigo Drable explicou que ao assumir a prefeitura se deparou com problemas que, aos poucos, está conseguindo solucionar e outros, que no momento, as soluções são inviáveis. Explicou sobre o orçamento da cidade, das dívidas encontradas com servidores públicos e fornecedores e a necessidade urgente de redução de despesas. “Tivemos que adequar a nossa realidade as possibilidades, em função de um orçamento de R$ 500 milhões/ano e um total de despesa de R$ 640 milhões/ano. Diante do acúmulo de dívidas, priorizamos a folha de pagamento, o funcionamento da saúde, com a reabertura da UPA e dos atendimentos na Santa Casa, e a Educação, inclusive com a reabertura de algumas escolas. Diante da realidade de despesas maiores que a receita, para não fazer novas dívidas, foi preciso deixar de fazer alguns serviços, como o asfaltamento de ruas. Para se ter ideia, a retirada de entulhos das vias pública que são despejados pela população consume R$ 2 milhões/ano dos cofres públicos. Se esta situação fosse eliminada, teríamos condições de usar o dinheiro na construção de três postos de saúde ou ainda de duas creches. Outro exemplo pode acontecer na casa de vocês. Quando os pais resolvem reformar a casa, eles compram os materiais necessários, mas infelizmente, depositam o entulho da obra na calçada. Esse resíduo é particular e a prefeitura não tem obrigação de recolhê-lo. É preciso pensar numa maneira prática de reaproveitar esse resto de obras, possivelmente como material de aterro ou na produção de areia refratária”, sugeriu Rodrigo afirmando que cada pessoa precisa ter responsabilidade com sua atuação na sociedade, de modo a não gerar prejuízos para a coletividade.

O prefeito falou sobre a transformação de ambientes, citando a Avenida Getúlio Vargas, no Centro, como referência. “As obras de reurbanização realizadas permitiram alterar a realidade e hoje, o local é uma área de convivência onde acontecem apresentações musicais, encenação de peças teatrais e outros eventos culturais”.

Os alunos também perguntaram sobre o andamento das obras do corredor cultural, do pátio de manobras, destinação e tratamento do lixo e situações de emergência, como as enchentes. Rodrigo respondeu a cada questionamento e citou que em abril, as chuvas fortes caíram por volta das 21 horas e que às 21:40 já havia 220 homens da prefeitura nas ruas ajudando a minimizar os estragos provocados pelo temporal. “Especificamente, no que se refere ao lixo, temos um Centro de Tratamento de Resíduos que custa R$ 450 mil/ano para existir. No entanto, por atender a outros municípios da região, Barra Mansa acaba recebendo royalties e o pagamento para tratar o lixo fica em R$ 120 mil/ano. O CTR precisa ser avaliado também pelo aspecto social, como a eliminação de famílias morando no lixão e se alimentando de restos de alimentos ali encontrados, a geração de renda aos cooperados da Coopcat que gira em torno de R$ 2 mil/mês e a coleta seletiva, que até dezembro deve chegar a 82% de cobertura do município”.

Finalizando, o prefeito frisou que as pessoas têm todos os dias a oportunidade de fazer o seu melhor. “Os obstáculos são troféus para aqueles que decidem se dedicar para obterem o máximo de desempenho”, concluiu.

Na avaliação do diretor da Escola Sesi-BM Virgílio Lisboa do Vall, a reunião com o prefeito foi uma grande experiência para os alunos. “Certamente, eles terão assunto para comentar com familiares e amigos durante a semana. Na escola, vão repassar as informações para seus colegas de turma e juntos, decidirem sobre qual assunto pretende aprofundar conhecimento, por meio de pesquisas. Os resultados serão exibidos na Feira de Ciências que acontece em outubro”, explicou.

Ana Beatriz Vasconcelos, 10 anos, aluna do 5º ano e moradora do bairro São Genaro, disse que as explicações sobre a cidade foram muito importantes. “Sempre tive curiosidade sobre o assunto”. Breno Laerce, 16 anos, aluno do 9º ano, revelou que a experiência foi super positiva. “É uma maneira de conhecer nossa cidade, seus problemas e possíveis soluções. Também foi um momento para ouvir o prefeito a respeito da condução do seu mandato”, concluiu.