Em quatro meses, consumo das sacolas em supermercados é reduzido em 42%
A lei estadual 8.006/18, que instituiu a substituição e o recolhimento de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais localizados no Estado do Rio de Janeiro, completa quatro meses em vigor neste sábado, 26. Neste período, segundo dados da Asserj (Associação de Supermercados do Rio de Janeiro), o volume de distribuição das sacolas plásticas nos supermercados caiu 42%. Calcula-se que foram tiradas de circulação e, consequentemente do descarte irregular no meio ambiente, cerca de 560 milhões de unidades do produto.
O secretário de Meio Ambiente de Barra Mansa, Vinícius Azevedo, comentou sobre a questão. “A meta para atingir esses números estava projetada para junho de 2020, no entanto, foi alcançada em quatro meses após a implementação da Lei. Numa avaliação preliminar, verificamos que a importância da preservação ambiental está sendo evidenciada, mas ainda é preciso avançar com a massificação de orientações sobre o acondicionamento do lixo de maneira socioambientalmente correta. Não adianta diminuir o uso das sacolas, sendo que as mesmas ainda vão parar nos rios do município. Esta semana, por exemplo, continuamos a realizar os serviços de limpeza do Rio Barra Mansa, de onde foram retiradas centenas de garrafas pets e sacolas plásticas, além dos resíduos deixados pelas chuvas, como troncos de árvores e moitas de bambus”, destacou o secretário.
Vinícius destacou que os serviços de limpeza tem caráter preventivo. “Estamos cuidando do rio para que na eventualidade de chuvas intensas, a calha do rio esteja desobstruída para suportar vazões maiores”, afirmou.
A partir do dia 25 de dezembro, não haverá mais a distribuição gratuita das duas primeiras sacolas ecológicas nos supermercados. Ou seja, os estabelecimentos passarão a cobrar por todas elas. A medida também será estendida aos pequenos mercados, aqueles com faturamento anual de R$ 3,6 milhões. Eles terão de adotar as novas sacolas.
Fotos: Paulo Dimas