Shopping Rodoviária e Centro Comercial do Ano Bom foram destacados; prefeito comentou sobre a importância da manutenção do calendário de pagamento dos servidores público
O prefeito de Barra Mansa, Rodrigo Drable, comentou sobre o momento econômico do município. Citou o Shopping Rodoviária, inaugurado esta semana, e o novo Centro Comercial do Ano Bom, previsto para entrar em funcionamento no primeiro trimestre de 2020, como geradores de emprego e fomentadores do desenvolvimento local.
– O Shopping Rodoviária tem 120 lojas, banheiros, restaurante e uma estrutura maravilhosa, com uma variedade enorme de comércio. O empreendimento possibilitou a geração de 300 empregos diretos e outros gerados por meio dos serviços agregados, como segurança, limpeza e internet. Além disso, representa o resgate de um espaço que estava sem uso desde que uma denominação religiosa entregou o imóvel. Vale destacar que o ponto já foi referência em função de abrigar a primeira escada rolante do Estado do Rio de Janeiro e a terceira do Brasil – detalhou o chefe do Executivo.
Sobre o Centro Comercial da Rua Abdo Felipe, no Ano Bom, Rodrigo explicou que a unidade será voltada para o setor de serviços, como farmácia de manipulação, advogados, esteticistas, arquitetos, entre outros. “É outro espaço que está ficando deslumbrante e possibilitará a geração de pelo menos 500 novos empregos”.
Para fomentar o consumo no comércio, a Prefeitura está cuidando dos detalhes finais para implantação do estacionamento rotativo no Centro. “Temos um projeto sob análise do Tribunal de Contas do Estado, mas devido à morosidade, resolvemos implementar o estacionamento sobre a nossa própria gestão. Vamos realizar um processo para selecionar 30 agentes que atuarão na venda dos tickets e na fiscalização. O estacionamento não terá a abrangência que a gente procurava inicialmente, mas favorecerá o sistema de rodízio de veículos no Centro, o que aumentará a oferta de vagas e fomentará o comércio local. A lógica é simples, loja vendendo mais gera maior número de empregos”.
A manutenção do calendário de pagamento do funcionalismo público municipal foi outro ponto destacado pelo prefeito. “O pagamento em dia impacta no comércio da cidade. No Brasil, 90% das cidades têm nas prefeituras um grande gerador de emprego. E aqui em Barra Mansa não é diferente. São 4,5 mil servidores da ativa e outros 3,5 mil aposentados ou pensionistas. Isso corresponde a aproximadamente oito mil famílias que sobrevivem dos salários pagos pela Prefeitura. O pagamento em dia também mantém o poder de compra do cidadão, já que os atrasos nos vencimentos comprometem pelo menos 10% do valor com juros e multas sobre as contas a serem pagas, principalmente para empresas de telefonia e de energia elétrica. Entendo que esse valor precisa estar no bolso do trabalhador, possibilitando melhores condições de vida a sua família e, consequentemente, a circulação no comércio da cidade. Vale dizer que temos feito um esforço grande diante das dificuldades financeiras enfrentadas para manter esse calendário em dia. As despesas crescem de maneira vertiginosa e descompassada. Se consideramos que a Previdência hoje custa o dobro que custava há três anos, é algo assustador. A receita do município não aumentou. Antes não se pagava os servidores e nem os fornecedores e ainda se tinha R$ 60 milhões a mais todos os anos. Hoje, a receita está sendo usada para manter o pagamento em dia e fazer com que a cidade funcione. É claro que a situação não está do jeito que a gente sonha. Está longe disso. Barra Mansa custa R$ 700 mil/ano e a receita é de R$500 mil/ano. Tenho R$200 mil/ano a menos para utilizar naquilo que é preciso fazer”.
Ainda sobre o comércio local, Rodrigo disse que Barra Mansa é um polo regional de consumo e que a Avenida Joaquim Leite é o maior shopping do Sul Fluminense. Estudos apontam que as lojas desta localidade vendem cinco vezes mais que qualquer outro estabelecimento situado em grandes shoppings da região.
A respeito da sobretaxação do aço brasileiro pelos EUA, o prefeito se revela receoso sobre o cenário mundial. “A indústria do aço está vivendo um momento muito conturbado. Se você não tem condições de controlar o mercado externo, precisa otimizar, valorizar e potencializar o mercado interno”, disse Rodrigo, lembrando da experiência vivida pela extinta unidade Dupont do Brasil no município em função de um incêndio ocorrido em uma de suas indústrias de insumos no exterior e que inviabilizou o funcionamento da fábrica em Barra Mansa. O fato impactou na redução de R$20 milhões/ano na arrecadação do ICMs (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).