Setor de Epidemiologia da cidade destaca a importância de ações em conjunto com a população para alcançar índices favoráveis, ao contrário do surto que ocorre no país

 

Na contramão do cenário nacional, Barra Mansa registra queda significativa no número de casos positivos de dengue nos quatro primeiros meses de 2022, em comparação ao mesmo período de 2021. De acordo com informações do Setor de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, neste ano foram confirmados sete casos, contra 259 registrados no ano anterior, apontando uma queda de 97%. A redução também acontece com as notificações – de 484 para 40; o que representa 91,8% a menos. O Brasil está em surto de dengue, com aumento de 113,7% entre os quadrimestres de 2021 e 2022.

O coordenador de Vigilância em Saúde Ambiental, Antônio Marcos Rodrigues, destaca o trabalho em conjunto com a população para que o município conseguisse alcançar índices favoráveis, ao contrário do que vem ocorrendo no restante do país.

“A conscientização da população é muito importante para conseguirmos chegar a níveis positivos. Este resultado é graças à adesão de todos e a vigilância diária e constante. Mesmo Barra Mansa estando com números tão satisfatórios, isso não pode servir para uma acomodação da nossa parte e da população”, alertou Antônio Marcos.

O coordenador destacou ainda, que o acompanhamento feito pelos agentes também contribui para os ótimos resultados. “Temos nove equipes em campo, cobrindo toda a cidade. Nós fazemos o controle de larvas, praticamente diariamente. Quando os agentes identificam um foco, é feita a coleta do material que é encaminhado para o laboratório. Após a identificação, de que se trata ou não do Aedes aegypti (transmissor da dengue, Zika vírus, chikungunya e febre amarela), são tomadas as devidas providências”, explicou.

CUIDADOS

Mesmo com números favoráveis, os moradores devem contribuir, já que cerca de 90% dos focos estão dentro das residências. Entre as ações que podem ser adotadas estão: colocar areia no prato dos vasos de plantas; manter o saco de lixo fechado e fora do alcance de animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana; manter as caixas d’água e outros depósitos de água sempre bem fechados para impedir a entrada do mosquito; jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos e garrafas vazias.

 

FOTO: Paulo Dimas