A coleta seletiva realizada pelo Saae-BM, através de parceria com a Coopcat (Cooperativa Mista de Catadores de Materiais Recicláveis), tem proporcionado ao município a oportunidade da destinação adequada aos resíduos recicláveis e eletrônicos, materiais considerados como um dos maiores problemas ambientais do século. Na outra ponta desta equação, a iniciativa também tem ajudado na geração de renda de muitas famílias que sobrevivem da atividade.

De acordo com dados do Saae-BM, a atividade começou a ser desenvolvida no município em 2011, ainda de maneira insipiente.  Em 2012, o volume dos processados atingiu 78,38 toneladas/mês, seguido de 74,22 ton/m em 2013; 71,83 ton/m em 2014; 76,03 ton/m em 2015; 63,36 ton/m em 2016 e 65,88 ton/m em 2017.

A partir de maio de 2017, segundo informações do diretor executivo do Saae-BM, Adilson Rezende, foi iniciado o processo para assinatura do termo de colaboração entre a autarquia e a Coopcat. “Efetivamente, o documento foi assinado em agosto. Os ajustes realizados permitiram um salto de qualidade na coleta seletiva. Já no ano seguinte, a média de reciclável processado chegou a 93,87 toneladas por mês”, destacou.

Adilson relembra que já no fim de 2018, ocorreu o encerramento das atividades de empresas parceiras do programa, como a Cilbrás, depósito da Droga Raia, Lanlimp e fábrica de azeite Oliva. Além disso, houve uma redução drástica da produção da ArcelorMittal. “Esse fato impactou no volume de reciclados do ano seguinte, que sofreu redução e chegou a 77,77 toneladas mensais”, detalhou.

Em 2020, mesmo diante da crise sanitária provocada pelo coronavírus, as incertezas e o medo da doença, a coleta seletiva manteve a média mensal de material processado, se comparado ao ano de 2019. De acordo com o histórico de informações do Saae-BM sobre o programa, a coleta de recicláveis teve início em 2011 com um volume anual aproximado de 63,00 toneladas e encerrou 2020 com a média de 73,46 toneladas/ano.

 

COLETA DE EQUIPAMENTOS ELETRO/ELETRÔNICOS

Buscando manter a vanguarda no que se refere à coleta de equipamentos eletro/eletrônicos e reduzir os impactos ambientais causados por esse tipo de produto quando descartado de maneira inadequada, o Saae-BM e a Coopcat aumentaram expressivamente o percentual de recolhimento e, consequentemente, do volume comercializado com empresas especializadas do setor.

Em 2013, o volume negociado de lixo eletrônico foi de 270,5 kg. No decorrer dos anos seguintes, o quantitativo subiu gradativamente, atingindo em 2019, o patamar de 126.675 kg. Em 2020, houve uma significativa redução do lixo eletrônico negociado em função da pandemia da Covid-19. Os números chegaram a 652 kg.

 

ECONOMIA E GERAÇÃO DE RENDA

Atualmente, a coleta seletiva é desenvolvida em 62 bairros de Barra Mansa, chegando a 41.939 domicílios.  Além dos benefícios ambientais, o programa impacta financeiramente sobre os valores pagos à coleta e destinação final do lixo para a CTR (Central de Tratamento de Resíduos), situada no Km 6.

– Para se ter ideia, em 2017 a economia apresentada foi de R$132.699,00; em 2018, de R4 207.152,30; em 2019, de 179.365,80 e em 2020, de R$90.384,22. Essa redução drástica no valor se deve às restrições causadas pelo coronavírus – destacou.

Além disso, o programa tem possibilitado a geração de renda para os cooperados, que tiveram sua renda média mensal elevada de R$738,15 em 2016 para R$1.114,46 no primeiro semestre de 2020. “Hoje, o programa envolve cerca de 50 colaboradores, entre cooperados e demais agentes do Saae-BM que atuam na coleta seletiva e de eletrônicos. Por fim, vale destacar que esses valores também ajudam a fomentar a economia do município. A estimativa é de sejam injetados R$40 mil/mês no comércio local. Ademais, a coleta contribui com a saúde pública, com o sistema de saneamento e com a indústria que recebe o material com um custo mais acessível”, pontuou Adilson.