Município apresenta trabalho bem-sucedido no combate à doença
A Prefeitura de Barra Mansa, por meio da Secretaria de Saúde, está intensificando o trabalho de coleta para detecção e controle da leishmaniose visceral canina (LVC). Os testes rápidos começaram no dia 30 de janeiro e seguirão até 10 de fevereiro. Os atendimentos são feitos nas praças dos seguintes bairros, das 8h às 11h e das 13h30 às 16h30: Ano Bom, Vista Alegre, São Judas, Boa Vista I, Boa Vista II, Boa Vista III e Paraíso de Cima.
A leishmaniose é uma doença infecciosa sistêmica e não é transmitida diretamente de animal para animal ou de humano para humano, mas sim através de um vetor – inseto alado conhecido como mosquito-palha, que se reproduz em material orgânico, como restos de frutas, comidas e folhas em decomposição. A doença afeta não só os cães, mas também os gatos e os seres humanos, sendo considerada uma zoonose.
Os mosquitos-palha, que na verdade são insetos flebotomíneos, geralmente são encontrados em áreas de matas, mas com a destruição de seu habitat natural, eles podem ir migrando para as áreas urbanas. A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da leishmaniose visceral.
Nos animais, os principais sintomas são: fraqueza; perda de apetite; emagrecimento progressivo; feridas na pele, no focinho, orelhas, articulações e cauda que demoram a cicatrizar; descamação e perda de pelos; crescimento exagerado das unhas; problemas oculares; diarreia com sangue e paresia dos membros.
De acordo com a gerente da Vigilância em Saúde Ambiental, Juliana Ferreira, Barra Mansa tem tido destaque no diagnóstico e levantamento da doença, apresentando baixa incidência de casos. Se o resultado da primeira testagem no laboratório da Vigilância der positivo, a amostra é enviada para o Laboratório Central Noel Nutels (LACEN-RJ).
“Barra Mansa desenvolve esse programa desde 2011, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o LACEN. Ambientalmente o município oferece condições favoráveis para a procriação dos flebotomíneos, pois possui uma extensa área rural com bairros próximos, assim como diversas outras cidades do país. E devido à abrangência do nosso projeto, continuamos a merecer esse apoio dessas instituições”, informou Juliana.
Juliana informou que não existe tratamento garantido para a cura, apenas ações que melhoram temporariamente a sobrevida do animal, que devem ser feitas pelo tutor.
A prevenção da doença pode ser feita com vacinação e uso de coleira específica nos cães, instalação de telas de proteção nas residências, limpeza de ambientes (para evitar o acúmulo de matéria orgânica) e uso de repelentes a insetos, especialmente ao entardecer.
HUMANOS
Os principais sintomas da leishmaniose visceral em pessoas são: febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular e anemia.
O diagnóstico pode ser realizado por meio de técnicas imunológicas e parasitológicas, sendo fundamental procurar o médico assim que surgirem os primeiros sintomas. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores são as chances de evitar agravo e complicações. A falta de tratamento adequado pode levar o paciente à morte.
CRONOGRAMA DOS TESTES
– 1°/02: Rua Ary Parreiras, no Ano Bom;
– 2 e 3/02: Vista Alegre e Loteamentos do bairro;
– 6/02: São Judas;
– 7/02: Boa Vista I;
– 8/02: Boa Vista III;
– 9/02: Boa Vista II;
– 10/02: Paraíso de Cima.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone da Vigilância em Saúde Ambiental: (24) 3512-0722.